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sábado, 30 de julho de 2011

Reabrindo o passado .



   Eu adoro cartas e ponto. Gosto de ver a forma como o papel fica ao passar dos anos, e o modo como as palavras continuam ali, intactas e prevalecendo sempre na memória e em um baú que será guardado até o para sempre e quem sabe mais um dia. As manchas de caneta, os rabiscos quando algo não sai direito, ou ate mesmo, os coraçõeszinhos e enfeitizinhos a parte, quando um coração apaixonado se põe a se abrir da forma mais encantadora possivel. Sentimentos, desabafos, palavras que o vento levaria e que talvez da boca nao conseguiriam sair, transformam-se nas velhas e eternas cartas.
    Mas o tempo passou e elas ele levou. Perderam-se e deslocaram-se em um tempo onde tudo custa a ser digital e ao mesmo tempo anonimo, desajeitado e superficial. Porém, Martha Medeiros, Margaret Atwwod, Neil Gaiman, Miguel Sanches Neto, Adriana Lisboa e muitos outros autores, colocaram-se a frente e resolveram trazer de volta as apaixonates, ofuscantes e derretedoras cartas de amor.Pois cá entre nós, poder reabrir um envelope e sentir as lagrimas escorrendo sobre o rosto e um sorriso se formando é a sensação mais forte e deliciosa que uma pessoa pode sentir, a de sentir-se amada.

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